quarta-feira, 19 de maio de 2010

Grêmio e Santos/Santos e Grêmio.

Segue abaixo, como aperitivo para o jogo de hoje a noite, a análise e impressão do jogo de quarta-feira passada. Escrito pelo estudante de Publicidade, e amigo, Jorge Gloss. 


Nossos guris foram melhores que os meninos deles: O melhor jogo do ano, pela ótica de um gremista.

Por Jorge Gloss.

 
Semifinal, 4x3, Grêmio e Santos. Mesmo quem não teve a oportunidade de ver, já sabe que este foi um daqueles raros jogos que ficam para a história. Independente de santistas e gremistas, os grandes beneficiados desse jogo foram com certeza os apreciadores de um bom futebol.


Antes da bola rolar:

                Antes de começar a partida pairava certo ar de dúvida, nenhum dos times era franco favorito, ninguém tinha certeza o suficiente para arriscar um palpite. O que não deixava espaço para equívocos é de que, certamente, esta seria praticamente a final antecipada da Copa do Brasil.
                Os campeões estaduais entraram em campo com importantes modificações: Santos sem Neymar (suspenso) e Grêmio sem Neuton (lesão muscular na coxa), Leandro (desconforto na coxa), mas em compensação contando com a presença de Mário Fernandes (recuperado de lesão no ombro). Essas modificações acabaram por transformar o 4-4-2 usual do Grêmio em um 3-5-2, e obrigando o time do Santos a colocar o bom atacante André como titular.


1° Tempo de Ganso, André e Felipe

                O jogo começou em ritmo lento, mas não demorou para engrenar e seguir em frente. Para ser mais exato, demorou 15 minutos: em uma rara falha do goleiro Victor, que saiu mal do gol para cortar um escanteio cobrado por Marquinhos, André apareceu sozinho por trás da zaga e quase sem ângulo cabeceou para abrir o placar – Santos 1x0.
                Depois do susto o Grêmio acordou e foi pra cima, mas em um erro de passe de Douglas, o camisa 10 da outra equipe – Ganso, roubou a bola. Com ele não tem erro: André cara a cara com Victor e Santos 2x0 aos 20 minutos de jogo.
                A partir daí o jogo pegou fogo. O Grêmio buscando diminuir o prejuízo e o Santos procurando ampliar a vantagem. Entre ataques e contra-ataques um lance merece destaque: William Magrão dispara um pouco antes do meio de campo, dribla vários jogadores santistas e é parado somente por um carrinho de Durval, dentro da área. Pênalti para o Grêmio e cartão amarelo para o santista. Quem foi para a batida foi Jonas, autor de sete gols pela Copa do Brasil e artilheiro do Tricolor Gaúcho na temporada: olhou, bateu mal e o jovem goleiro Felipe defendeu. No rebote Edilson ainda tentou o chute, mas mandou para longe do gol.
                Sem mexer no time, o técnico Silas resolveu voltar ao antigo esquema tático. Sem se omitir, o Grêmio buscou o gol e só não conseguiu fazê-lo por milagres do goleiro santista. A equipe de Santos não deixou por menos, tendo chances claras com Marquinhos e com Paulo Henrique Ganso, que por pouco não marcou um gol antológico encobrindo o goleiro Victor com uma cavadinha, parado apenas pelo travessão.

2° Tempo – O melhor jogo do ano

                O Grêmio não é chamado de imortal por acaso. Na volta do intervalo o time voltou com outro fôlego, obrigando os santistas a ficarem recuados. Logo aos 12 minutos o time tricolor conseguiu descontar: Douglas recebeu a bola na entrada da área, tentou bater, mas a bola acabou sobrando para Borges que não perdoou, fazendo o 1° gol do time da casa.
                Para quem esperava uma retrucada do time da Vila, uma surpresa: o segundo gol gremista. Rodrigo Mancha perde a bola no meio de campo, o grêmio sai no contra-ataque com Douglas, depois Jonas, Borges e o Gol. 2x2 e uma partida que já estava boa consegue ficar ainda melhor.
                Depois do segundo gol gremista, o técnico Dorival Jr. decidiu tirar Rodrigo Mancha de campo (havia acabado de entrar, 10 minutos antes) e o time que parecia não ter entrado no segundo tempo acaba desligando-se totalmente. Após 2 minutos, o Grêmio faz o terceiro: Jonas recebe na entrada da área, ajeita para a perna direita e dá um chute na gaveta, que conseguiu ser ao mesmo tempo forte e colocado. Golaço. Em 22 minutos o Tricolor surpreendeu a todos e acabou com toda a vantagem santista construída no 1° tempo.
                Nesse ritmo todo torcedor já sabia que o quarto gol não demoraria. Em uma assistência de Jonas, Borges ficou cara a cara com Felipe e bateu no cantinho, sem chances de defesa para o goleiro santista. Aos 30 nada mais parecia segurar o tricolor gaúcho.
                Contudo, não é à toa que o Santos é o time mais badalado do momento. Além do futebol arte os meninos da Vila mostraram que também tem competência: aos 37, Ganso parou, olhou e encontrou Robinho livre na área. O atacante dominou e bateu de primeira, fazendo um lindo gol para os Santistas. Este foi o último, dos 7 da partida. A conclusão? Fica para a volta, na Vila, porque este jogo histórico ainda tem mais 90 minutos pela frente.

Nenhum comentário: