Da partida contra o FK Vetra da Lituânia, na fase de classificação da Liga Europa (ex-Copa da Uefa), passando pela emocionante eliminação da gigante Juventus, até a final de amanhã contra o Atlético de Madrid, o Fulham passou de um azarão à “segundo time de todo mundo”, como definiu o capitão Danny Murphy, ex-Liverpool.
Vale lembrar que a equipe londrina, fundada em 1879, nunca levantou um troféu relevante em sua história. O plantel que pode levar esse primeiro caneco à Craven Cottage é um retrato do futebol moderno. É antes de tudo, global e rodado.
Conta com jogadores do Irã, da Nigéria, da Austrália, dos Estados Unidos, Itália, África do Sul e claro, Brasil. Seu presidente, e como dita a moda inglesa, milionário é egípcio. O patrocinador é coreano. O técnico, pelo menos esse, é inglês. Esse, por sinal, merece uma atenção especial.
Até porque Roy Hodgson acaba de ser eleito “o Treinador do Ano” na Inglaterra, justamente por levar o Fulham à final. Porém, até chegar a esse patamar passou por fracassos com o Blackburn Rovers e Bristol City na Inglaterra. Também comandou com relativo sucesso a Internazionale de Milão, o Grasshoppers da Suíça, a própria seleção desse país e até a dos Emirados Árabes Unidos. Todas essas aventuras, e muitas outras, vitoriosas ou não, em seus 34 anos de carreira.
Hodgson chegou ao Fulham em Dezembro de 2007 e salvou o clube do rebaixamento nessa mesma temporada. Na seguinte, 2008/2009, colocou o clube na sétima colocação, a que lhe rendeu a vaga na Liga Europa. E amanhã em Hamburgo joga a final dessa competição. É no mínimo uma trajetória interessante.
Assim como a de Bobby Zamora, artilheiro desse time na Liga Europa com oito gols e, até a recente convocação de Capello, especulado para estar na Copa. Não deixa de ser um retrato do clube. Renegado até pouco tempo, vive agora seu momento de glória. Infelizmente, corre o risco de não jogar a final por lesão.
Porém, mesmo com a possível baixa de seu homem-gol, os jogadores e o treinador do Fulham vivem a expectativa de bater o Atlético de Madrid e escrever a mais gloriosa página da história do clube e possivelmente de suas carreiras. É amanhã. Um jogo a ser assistido, com toda a certeza.
Algumas Curiosidades:
Desde 1997, com Sir Bobby Robson e um Barcelona que contava com Ronaldo, um treinador inglês não é campeão de uma taça européia.
Em 1990 o Malmo FC, da Suécia, ofereceu a Roy Hogdson um contrato vitalício após o treinador conquistar o pentacampeonato nacional.
Danny Murphy, capitão do Fulham, ganhou a Europa League com o Liverpool em 2001.
Amanhã, um post sobre o Atlético de Madrid, o outro finalista.

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