No começo da Copa, aquele que dissesse que o Uruguai seria o Sul-Americano mais bem classificado ao final do torneio seria rotulado como louco. Mas com uma campanha brilhante (e histórica) os nossos vizinhos chegaram mais longe do que qualquer outra Seleção não-européia e terão a chance de disputar um honroso terceiro lugar.
Esse feito, por si só, é fantástico e tem um caráter de marco para a renovação do futebol uruguaio, há tanto tempo em baixa. Escreveram em um jornal espanhol: "um país de apenas 3,5 milhões de habitantes, mas não há lugar na Terra com a maior densidade de devoção futebolística". Esse foi o espírito de toda uma equipe, que é motivo de orgulho de toda uma nação.
Seu maior expoente, e também seu maior craque, é Diego Forlán (que na minha opinião é o destaque do campeonato). Ele foi nessa Copa do Mundo, tudo o que Kaká, Messi e Cristiano Ronaldo não conseguiram ser para seus países, chamou a responsabilidade e carregou o piano. Poucas vezes vi um jogador se doar tanto em campo.
Afinal, Forlán, um matador de origem, marcava como um defensor, corria como um lateral, armava como um meio-campista e ainda é o artilheiro do Uruguai no certame. Incrível! Tudo bem que seria pretensão demais dizer que ele fez tudo sozinho. A falta que seu principal escudeiro, o ótimo Luizito Suárez, fez na partida semi-final foi evidente. Mas mesmo assim, ninguém, nem mesmo os carequinhas holandeses Sneijder e Robben, rouba o seu show. Assim como ninguém pode negar o fato de que o Uruguai é, no momento, o Rei da América.
E não é que a Copa América virou Eurocopa? Se há poucos dias escrevi sobre a "Supremacia Merecida" do futebol Sul-Americano na Copa do Mundo, hoje tenho que engolir minhas palavras e me contentar com a certeza de um campeão europeu e com a reedição da final da Euro 2008 como semi-final...
Ao menos será Espanha e Alemanha, promessa de um jogaço!

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